sexta-feira, 30 de junho de 2017

indiferente

pálidas as palavras
esfarelam-se diante
do nada

vazios a volitar
em incólumes
olhos assépticos

há tempos o verso
esqueceu-se das navalhas,
fugitivo da língua afiada

e esse nonsense
morno, insonso gosto
e cheiro de tanto faz

não faz-se
não foice
não coice

mata, corpo a corpo,
o que ainda é moço
o que ainda é sopro...

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