sábado, 18 de julho de 2015

destino


mãos homicidas
de poesia em poesia
matam a fome e a sede
de palavras suicidas

levantam as saias
abusam das metáforas
e ainda riem dos tolos
crentes em disfarces

não há de ser pouco
o instinto dos dedos
à procura de lâminas
na ponta do lápis

não  há de ser muito
o êxtase dos cortes
nas linhas das palmas
que drenam as almas

é sempre do bis
o açúcar e a bílis
no verso que repete-se
em busca da morte

e morre
mas volta...

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