domingo, 31 de agosto de 2014
das faces
desconstruo-me
sem buscas, sem rumos
e escorro feito leite
em xícara sem fundo
sem raízes, faço das letras
minha cama, minha ilha...
pinço aqui e ali palavras
que foram entrelinhas
mato o que foi inteiro
vivo do que morreu
e entre meus dedos
esmago, espelhos meus...
sábado, 30 de agosto de 2014
então tá...
não diga que não te avisei
não diga que não te evitei...
eu tentei e você sabe
antes e depois da carne
mas, se é pra ser além...
que assim seja, amém
agora é tão meu o tempo
ontem e hoje num sempre
as máscaras uma à uma, pisoteadas,
e todo fel deliciosamente inalado
tão longo o caminho riscado
tão longo e por nós, desejado
suas mãos, seus olhos distantes
cuidando dos meus fracassos,
não, não diga que não te avisei
não, não diga que não te evitei...
éramos você e eu
eu e você e mais nada...
eu tentei e tentei e você sabe
se nos machucamos foi nos quases
se, nos achamos, foi no pecado
você sente e você sabe...
sem imagens
só palavras...
não diga que não te evitei...
eu tentei e você sabe
antes e depois da carne
mas, se é pra ser além...
que assim seja, amém
agora é tão meu o tempo
ontem e hoje num sempre
as máscaras uma à uma, pisoteadas,
e todo fel deliciosamente inalado
tão longo o caminho riscado
tão longo e por nós, desejado
suas mãos, seus olhos distantes
cuidando dos meus fracassos,
não, não diga que não te avisei
não, não diga que não te evitei...
éramos você e eu
eu e você e mais nada...
eu tentei e tentei e você sabe
se nos machucamos foi nos quases
se, nos achamos, foi no pecado
você sente e você sabe...
sem imagens
só palavras...
terça-feira, 19 de agosto de 2014
ir e vir...
repetem-se os ciclos
noite e dia, verão e inverno
morte e vida
assim
caminha a humanidade
em círculos...
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
dos rebentos...
num onde
alastram-se
anseios
brota
o feto
do verso
esse
ainda
ao meio
sem saber-se
meu ou alheio
pele ou beijo...
sem fim
sem começo
de joelhos...
sonha
ser da poesia,
as veias...
alastram-se
anseios
brota
o feto
do verso
esse
ainda
ao meio
sem saber-se
meu ou alheio
pele ou beijo...
sem fim
sem começo
de joelhos...
sonha
ser da poesia,
as veias...
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
das datas...
se é de pai
se é de mãe
tanto faz,
se, noite ou dia...
há mãos
há preces
e essa pressa
do pão, da paz
e pés
que caminham
sozinhos...
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
a gosto...
com que rosto
anda o tempo
velho
ou moço?
dizem
dos desgostos
dizem
dos loucos
dizem
dos ventos
dizem
dos lamentos
com tanto gosto
dizem e dizem: é agosto...
anda o tempo
velho
ou moço?
dizem
dos desgostos
dizem
dos loucos
dizem
dos ventos
dizem
dos lamentos
com tanto gosto
dizem e dizem: é agosto...
domingo, 3 de agosto de 2014
pois é...
e numa overdose
fecham-se meus olhos
é tanta letra
cuspida na tela
é tanta imagem
fazendo promessa
é tanto amor
rimando com flor
é tanta dor
exalando das rezas
é tanta fé
carecendo de rédeas
e eu aqui
sem saber, se rio
ou se choro
ou se, simplesmente
de tudo, debocho...
fecham-se meus olhos
é tanta letra
cuspida na tela
é tanta imagem
fazendo promessa
é tanto amor
rimando com flor
é tanta dor
exalando das rezas
é tanta fé
carecendo de rédeas
e eu aqui
sem saber, se rio
ou se choro
ou se, simplesmente
de tudo, debocho...
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