terça-feira, 15 de abril de 2014

correntes


há névoas
nesse peso
das asas

onde o sol
se põe e meus pés
com ele, arrasta

há fissuras, minhas,
nos dedos do vento
a sangrar o tempo

onde, queimo
e gemo, um nunca
que é sempre

há o círculo
seviciado, a gozar
de minhas, pústulas

onde a carne
da palavra, é caça,
e da dor, sou escrava....

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