sábado, 31 de agosto de 2013

ponto

e se eu amo
amo tanto
amo quanto
amo in cântaros

não sei ser pouco
só sei ser farta
e faz-me falta
um sempre

se é do quase
se é minguante
decresço, descreio
não sei, ser meio

não amo
aos trancos...
amo e pronto
e ponto.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

quem sabe...

e se fosse dos lábios
a palavra que fere e mata
cegaria meus ouvidos
entre névoas  e delírios

não é....

é nas entrelinhas
dos olhos, das sombras e dos dias
onde semeiam-se metáforas
que colho a palavra adaga

e dela, bebo
e dela, alimento-me
e nela engulo-me
e nela agonizo

dúvida
dúvida
dúvida

terça-feira, 20 de agosto de 2013

só...

não há poesia
nessa volta minha
ao casulo

se entrelinhas regurgito
são de estranhos versos
dos quais, fujo...

palavras
sangram garganta adentro
e abortam-se sem rumo

nem em olhos
nem em sonhos
nem em sono

só...

voa e voa
sem mim, a poesia...