preciso
de uma tônica
meio crônica
nada de poesias
nem expectros
incertos letreiros
não quero
versos, fingindo
ocultos espelhos
preciso
de goles retos
e gelo nas veias
nada de imagens
entrelinhas em
músculos vermelhos
não quero
metáforas, reflexos
ou catarses
preciso
do frio básico
de um descarte...
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
03:16
três e um, bocejam as horas
entre as letras de lingua de fora
perdeu, o tempo, as contas
das palavras que dormem...
três e sete, marcha o silêncio,
esse que, num bate-estaca,
não pára e não volta, dá-me as costas
ignora a trava em meus dedos...
três e nove, nada se move
nem cama, nem travesseiro
sabem de meus versos, o vazio
as desculpas e o desprezo...
três e doze, madrugam-me
os ponteiros, num bocejo,
da poesia, desisto, não gesto
hoje, sou só, devaneios...
entre as letras de lingua de fora
perdeu, o tempo, as contas
das palavras que dormem...
três e sete, marcha o silêncio,
esse que, num bate-estaca,
não pára e não volta, dá-me as costas
ignora a trava em meus dedos...
três e nove, nada se move
nem cama, nem travesseiro
sabem de meus versos, o vazio
as desculpas e o desprezo...
três e doze, madrugam-me
os ponteiros, num bocejo,
da poesia, desisto, não gesto
hoje, sou só, devaneios...
domingo, 27 de janeiro de 2013
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
a mais...
escrevo
em tuas paredes
meus desejos
teus espelhos
arranco
da tua carne
teu cais
teus ais
tatuo
no teu corpo
meu gosto
teu gozo
morro
em tuas mãos
um pouco mais
e quero mais...
em tuas paredes
meus desejos
teus espelhos
arranco
da tua carne
teu cais
teus ais
tatuo
no teu corpo
meu gosto
teu gozo
morro
em tuas mãos
um pouco mais
e quero mais...
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
nada...
em tantos
em prantos
em cantos
em olhos
nos dedos
tão longe
dos quases
em metade
em catarses
de passagem
em miragens
tão nada...
em prantos
em cantos
em olhos
nos dedos
tão longe
dos quases
em metade
em catarses
de passagem
em miragens
tão nada...
sábado, 19 de janeiro de 2013
esquinas
velam-me essas esquinas
de olhos tão fechados
e bocas escancaradas
onde quebro palavras
ouço passos e linhas,
e mastigo minha sina
não há no meio
de meus fios, ângulos retos
são curvas, minhas ruas
dedilho e não vejo fugas
essas que escrevem-se
e mentem entre meus dedos
encaminho descaminhos
falta-me a dobra dos joelhos
falta-me espiar outros espelhos
velam-me essas esquinas
sem que delas mate as incertezas
sem que nelas sepulte, o medo
de olhos tão fechados
e bocas escancaradas
onde quebro palavras
ouço passos e linhas,
e mastigo minha sina
não há no meio
de meus fios, ângulos retos
são curvas, minhas ruas
dedilho e não vejo fugas
essas que escrevem-se
e mentem entre meus dedos
encaminho descaminhos
falta-me a dobra dos joelhos
falta-me espiar outros espelhos
velam-me essas esquinas
sem que delas mate as incertezas
sem que nelas sepulte, o medo
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
chove....
tudo a esmo
tudo ao acaso
tudo opaco
choram tons
choram sons
choram passos
das janelas
são as horas
dentro do relógio
tudo ao longe
tudo esconde-se
tudo escorre...
Chove...
domingo, 13 de janeiro de 2013
sem imãs...
há esse querer
arrancar raízes
fechar dessas portas
fugas e cicatrizes
de minhas costas
apagar passos idos
num rito de desdém
dó e dor de améns
há esse querer
enterrar facas e faces
em lenta assepsia
rasgar as entrelinhas
e de meus olhos
trancar antigas ruas
num corte seco, cirúrgico
cegar dos versos, as rimas
sábado, 12 de janeiro de 2013
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
dos silêncios
cobre-me um fio de silêncio
e eu lado a lado com os gritos
prendo e engulo vírgulas
não há nos pontos finais
reticências, parágrafos
sequer um meio, uma parada
nesse casulo, teço parábolas
metáforas, engasgos e catarses
ecos ausentes, invadem-me
mudez que não cala, embala,
de dentro pra fora dos muros
nós que pisam e ardem
e eu aquém da palavra
rasgo do silêncio seus trapos
rasgo de minha alma, sua face
e falo, sem que minha língua
seja ouvida, aos pedaços,
num fio de poesia, escapo...
e eu lado a lado com os gritos
prendo e engulo vírgulas
não há nos pontos finais
reticências, parágrafos
sequer um meio, uma parada
nesse casulo, teço parábolas
metáforas, engasgos e catarses
ecos ausentes, invadem-me
mudez que não cala, embala,
de dentro pra fora dos muros
nós que pisam e ardem
e eu aquém da palavra
rasgo do silêncio seus trapos
rasgo de minha alma, sua face
e falo, sem que minha língua
seja ouvida, aos pedaços,
num fio de poesia, escapo...
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
via crucis...
desenham-me sinuosas nuvens
sombras em desejada rua
são de meus olhos, essa chuva
água que minha alma, turva....
tão poucos são os caminhos
são tantos e tantos meio-fios
encostas que não tem início
em noites sem estrelas guias
desdenha-me o lado de fora,
teço sementes de ocas raízes
em minhas mãos finjo atalhos
nas ladainhas que nada dizem
tão grávidas são as palavras
tão estéril minha via crucis
em um ventre que gesta janelas
nascem e morrem, minhas esperas...
sombras em desejada rua
são de meus olhos, essa chuva
água que minha alma, turva....
tão poucos são os caminhos
são tantos e tantos meio-fios
encostas que não tem início
em noites sem estrelas guias
desdenha-me o lado de fora,
teço sementes de ocas raízes
em minhas mãos finjo atalhos
nas ladainhas que nada dizem
tão grávidas são as palavras
tão estéril minha via crucis
em um ventre que gesta janelas
nascem e morrem, minhas esperas...
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
dos restos...
sobram-me espaços
num sopro de quases
e saudades
dessas estações
que vêm, espiam
e não passam
num resto
de dia que não vinga
só fica e olhos apagam
tão minha e minha
palavra, não vai
e não vem, paira
afio-me em cacos,
entre feridas e linhas
suspiram-me hiatos
num sopro de quases
e saudades
dessas estações
que vêm, espiam
e não passam
num resto
de dia que não vinga
só fica e olhos apagam
tão minha e minha
palavra, não vai
e não vem, paira
afio-me em cacos,
entre feridas e linhas
suspiram-me hiatos
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