quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Oras...



passam por mim
tão senhoras, as horas
que de seus olhos
os meus fogem...

são segundos
em viadutos, soberbos
rasteiros, portais
agudos ponteiros

já não me desfolham
como antes, ignoro-os
lanço aos céus
pupilas e apelos

e se me disserem
volte, à senhora
e seus escudeiros
respondo, não...

a madrugada é minha
tão longe, tão fora
voa minha alma
de poesia nas mãos...

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