sábado, 12 de maio de 2012

Do Fim...











estranho é o fim
deslexos versos pastam
na secura das letras

dias, meses, anos
palavras agonizam
nas labaredas dos dedos

nada há de restar
do pão amanhecido
nas barbas do medo

e aquele reflexo
que mente, pois mente
engolirá meus segredos

nesse espelho limpo
nem risos, nem linhas
apenas, cinzas, cinzas...



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