estranho é o fim
deslexos versos pastam
na secura das letras
dias, meses, anos
palavras agonizam
nas labaredas dos dedos
nada há de restar
do pão amanhecido
nas barbas do medo
e aquele reflexo
que mente, pois mente
engolirá meus segredos
nesse espelho limpo
nem risos, nem linhas
apenas, cinzas, cinzas...
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